quarta-feira, 30 de setembro de 2009

FALA MOÇADA

enfim, estou aqui de novo tentando atualizar ao máximo o blog...

aconteceu um problema e eu acabei perdendo o podcast do programa sobre o Clã, mas ainda hoje vou recuperá-lo e coloco no máximo amanhã, junto com o programa do Poets of The Fall (que modéstia a parte, ficou demais)

é isso aí, nos eurovídeos você já pode conferir algumas musiquinhas do Poets...

até a próxima, um abraço

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Um Clã Português, pois, pois!

Clã nada mais é que uma das melhores bandas portuguesas, que sempre busca recriar-se, reinventando-se de um trabalho para o outro. Cada novo material colocado no mercado eles se tornam mais experimentais, e cada vez mais assumidamente Pop. Não há grandes desvios nem imprevisibilidades. Também não há grandes tiradas de gênio. Há apenas um trabalho sobriamente bem disposto, com a qualidade que a banda já demonstrou ser inerente. Mas na verdade eles são sempre imprevisíveis.

Os Clã tornaram-se por mérito próprio uma das bandas mais aclamadas do panorama pop-rock português. É muito interessante perceber a evolução da banda até aos dias de hoje. A começar por sua vocalista: se você buscasse uma Billie Holiday que cantasse música pop-rock, seria Manuela Azevedo. Uma voz envolvente e cheia de expressão.

Clã nada mais é que pop-rock declarado. Porém um pop leve sem tonalidades épicas e trágicas como de costume nas terras portuguesas. A música deles é viciante, sensual, dançável , leve, mordente, teimosa e muito divertida. Se toda a música pop-rock fosse assim, éramos todos mais felizes. Manuela solta-se nas letras de Carlos Tê (a maioria) num registo íntimo e bastante leve, contagiante e provocador. As guitarras levemente sujas e os sons sintéticos em progressões pouco ortodoxas, no mundo pop, levam-nos para universos do cançonetista de intervenção, explorados aqui num registo de entretenimento, libertando-se da carga política.

Um trabalho fascinante pela sonoridade em uma estrutura semântica similar: é daquelas coisas - ouvindo alguns segundos, sabemos do que se trata e não engana ninguém. Eles procuram experimentar sonoridades não diretamente ligadas ao jazz - da soul ao rock, do reggae ao funk, da pop ao funk metal, passando pelo rap, hip- hop e acid jazz – produzindo um som saltitante e diríamos quase alternativo.

Clã é uma das mais fortes revelações da música portuguesa emergente.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Vamos esta Noite - Clã



Vamos
Para a montanha russa
Vamos
ao carrossel
Vamos
Subir o Pão de Açucar
Vamos juntos
Lamber o céu

Vamos
Dançar até cair, ir
Juntos vamos
Morrer de rir

Esta noite é só pra nós
Hoje não terá depois
Hoje não terá porquês
Esta noite é pra vocês
Virem comigo
Até ao fim
Para o fim do mundo

Vamos
Perder a hora certa
Vamos
Pisar no chão
Vamos
Deixar a porta aberta
Juntos vamos
Para Plutão

Hoje não terá amanhã
Hoje o mundo é nosso Clã
Hoje não terá talvez
Esta noite é pra vocês
Virem junto
Até ao fim do fim de tudo

Amuo - Clã

Vejo que estás mais crescida
Já dobras a frustração
Bates com a porta ao mundo
Quando ele te diz não

Envolves o teu espaço
Na tua membrana ausente
Recuas atrás um passo
Para depois dar dois em frente

Amuar faz bem
Amuar faz bem

Ficas descalça em casa
A fazer a tua cura
Salva por um bom amuo
De fazer má figura

Amanhã o mundo inteiro
Vai perguntar onde foste
E tu dizes apenas
Que saíeste, viajaste

Amuar faz bem
Amuar faz bem

Nada como um bom amuo
Apenas um recuo quando nada sai bem

E depois voltar
Como se nada fosse
E reencontrar o lugar
Guardado por um bom amuo

Pois é! - Clã

É o caos, é o caos, é a mutação
voltar atrás, pisar, dar um passo em frente
manipular os olhos doutra geração
terá que ser, vai ter que ser, é a evolução
Pois é, não é

olhos abertos a ler a situação
e reclamar, e reclamar um pouco do atenção
ao que de mais humano há na nossa condição
menos cegueira, economia e mais educação

Pois é, não é, pois é, ou yé !

é o caos, é o caos, o futuro a ser
e ninguém sabe o que ele vai, ele vai trazer
a gente quer que o mundo sobre pare se viver
vamos fazer, fazer e acontecer

Pois é, não é, pois é, ou yé !

a gente vê, está a ver passar o filme
o forte tem a força, sem a força do razão
chegou a hora, está na hora da demonstração
ficou errada a teoria da evolução

Pois é, não é, pois é, ou yé !

Tira aTeima - Clã

Se um dia me aproximar de ti
Não penses que é só um flirt
Não julgues que é um filme
Que já viste em qualquer parte
Pensa bem antes de agires
Evita ser imprudente
Faz a carta do meu signo
E vê à lupa o ascendente
Tem cuidado e tira a teima
Vê aquilo que sou

Tem cuidado e tira a teima
Que sou tu não sonhas ao que venho
Não sabes do que sou capaz
Eu dou tudo quanto tenho
Não funciono a meio gás
Vem sentar-te à minha frente
E diz-me o que vês em mim
Não respondas já a quente
Pondera antes de dizer sim

Tem cuidado e tira a teima
Porque aquilo que sou fere, rasga e queima
Tem cuidado e tira a teima
Porque aquilo que sou fere, rasga e queima
Diz-me diz-me se vês o granito
Onde a cidade, os grandes temas
Diz-me se vês o amor infinito
Ou somente um par de algemas

Tem cuidado e tira a teima
Vê aquilo que sou
Tem cuidado e tira a teima
Vê aquilo que sou

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Vetusta Morla. Que nome estranho é esse?

Vetusta Morla. Nome estranho que a princípio quase me fez deixar de lado o material desse jovem grupo pop espanhol. Entretanto os madrilenhos me deram um nó.

Sua música se apresenta com talento instrumental sólido, afinal são 10 anos de estrada para colocarem no mercado seu primeiro trabalho. Suas letras que transcendem o óbvio, com um discurso muito pessoal, inventivo e contemporâneo, somado a vontade de atingir grandes audiências sem medo de assumir isso.

Vetusta Morla é acima de tudo, um grupo sincero, independentemente da forma, precisamos acreditar e aproveitar o que eles fazem. Nas doze faixas do seu álbum “Um dia en el mundo”,

eles resgatam modelos anteriores mas há um ar de descontentamento. Suas letras agradáveis muitas vezes são as queixas da sociedade em que vivemos.Ttrata-se entretanto de um pessimismo que não nos leva a idéias extremistas, existe sim uma esperança, num eterno acreditar no nosso dia a dia.
A voz de seu cantor Pucho é a sua melhor característica e também sua maior marca, mas Vetusta Morla é muito mais. É um poder de melodias diretas que cercam você numa instrumentação em harmonia e sem alarde que faz um convite para não desistir nunca.


E com isso nó está feito! E eles têm muito a dizer, eu recomendo que você ouça.


AW

Programa Europop UniBrasil Especial Vetusta Morla

taí o programa sobre o vetusta, como prometido...

abração!!!


sábado, 12 de setembro de 2009

Saudades

É isso aí pessoal!!!

Que saudades de postar por aqui, realmente me ausentei por um tempo, mas já estou de volta...

o programa do Vetusta foi muito bacana, apesar de o Magrelo não estar presente (correm boatos de que ele estava fazendo regime em um spá, mas para todos os efeitos ele foi ver a mãe dele...)

Hoje já saiu o novo programa falando sobre os portugueses do Clã, uma banda muito legal lá da mesma terra do Roberto Leal (lembram????)

Bem, segunda-feira já posto pra vocês um pouco sobre a banda... o nosso queridíssimo Alex posta as letras e quem sabe alguma foto, e, durante a semana, o programa falando sobre o Vetusta...

No próximo programa, traremos uma banda muiiito bacana lá da Finlândia...

alguém sabe quem é????

só revelo quinta feira...

Um abração, até a próxima

Al Respirar - Vetusta Morla




Te he dejado en el sillón
las pinturas y una historia en blanco.
No hay principio ni final,
sólo lo que quieras ir contando.

Y al respirar intenta ser quien ponga el aire,
que al inhalar te traiga el mundo de esta parte.

Te he dejado en el sillón
las pinturas y una historia en blanco.
Yo me marcho a otro lugar,
puede que el viaje sea largo.

La burbuja en que crecí nos vendió comodidad
y un nudo entre las manos.
Yo escogí la ambigüedad, tú el fantasma y lo real,
todo en el mismo barco.

Y al respirar propongo ser quien ponga el aire,
que al inhalar me traiga el mundo de esta parte.
Y respirar tan fuerte que se rompa el aire,
aunque esta vez si no respiro es por no ahogarme.

Intenta no respirar ...
Intenta no respirar ...

Y al respirar propongo ser quien ponga el aire,
que al inhalar me traiga el mundo de esta parte.
Y respirar tan fuerte que se rompa el aire,
aunque esta vez quizá será mejor marcharse.

Intenta no respirar ...
Intenta no respirar ...

Copenhage - Vetusta Morla

El corría, nunca le enseñaron a andar,
se fue tras luces pálidas.
Ella huía de espejismos y horas de más.
Aeropuertos. Unos vienen, otros se van,
igual que Alicia sin ciudad.

El valor para marcharse,
el miedo a llegar.

Llueve en el canal, la corriente enseña
el camino hacia el mar.
Todos duermen ya.

Dejarse llevar suena demasiado bien.
Jugar al azar,
nunca saber dónde puedes terminar...
o empezar.

Un instante mientras los turistas se van.
Un tren de madrugada
consiguió trazar
la frontera entre siempre o jamás.

Llueve en el canal, la corriente enseña
el camino hacia el mar.
Todos duermen ya.

Dejarse llevar suena demasiado bien.
Jugar al azar,
nunca saber dónde puedes terminar...
o empezar.

Ella duerme tras el vendaval.
No se quitó la ropa.
Sueña con despertar
en otro tiempo y en otra ciudad.

Dejarse llevar suena demasiado bien.
Jugar al azar,
nunca saber dónde puedes terminar...
o empezar.

Um dia en el mundo - Vetusta Morla

Por el día nos encierran en sus jaulas de cemento
y aprendemos del león.
Por las noches atrapamos corazones asfixiados
y disparos en su honor.

Mírame, soy feliz, tu juego me ha dejado así.
Consumir, producir, la sangre cubre mi nariz.
No sé dónde quedó el rumor que nos vió nacer,
pagó la jaula al domador.

Dilatamos las pupilas en encuentros con sirenas
con las piernas de neón.
Y blasfemamos por dios,
prometemos por vos.

Machacamos nuestros cuerpos prietos por un sueño de cartón.
Mírame, soy feliz, tu juego me ha dejado así.
Disfrazar, seducir, ponerme guapo para ti.

No sé dónde quedó el rumor que nos vió nacer,
pagó la jaula al domador.
Mírame, soy feliz.

Mírame, tu juego me ha dejado así.
Mírame, ¿qué hago aquí?
Mírame, tu juego me ha dejado así.

No sé qué fue de aquel rumor que nos vió crecersiendo
la carne del león.
Mírame, soy feliz, tu juego me ha dejado así.
Engañar, seducir, ponerme guapo para ti.

No sé dónde quedó el rumor,pagó la jaula al domador.
Mírame, soy feliz.
Mírame, tu juego me ha dejado así....

Autocrítica - Vetusta Morla

Voy a mezclar flashes con alcohol,
restos de sal y altas dosis de ficción.

Tengo la fe, tengo la intuición,
tengo el viejo trono de un rey
y ahora sólo soy bufón.

Y un espejo roto en la pared
descompone en mil pedazos
la piel donde escondí todo aquel calor.

Y la actriz sabe bien lo que hacer,
se desnuda y entiende quién fue,
hoy la puta se viste ...

Y voy a pensar que todo va bien,
todo va bien, todo va bien,
que el veneno es la luz y la sombra mi caché.

Y aun así la farsa huele a miel,
mezclo el néctar con el aguijón
que huye de ti y no se enhebró,
ya he conseguido el papel.

Y la actriz se lo vuelve a creer,
se desnuda y entiende quién fue,
hoy la puta se viste de rey ...

Y la actriz hace bien su papel,
hoy la puta se viste de rey,
hoy la puta se viste de rey,
y nadie le cree, nadie se lo cree,
y nadie le cree, nadie se lo cree,
y nadie le cree, nadie se lo cree,
y nadie le cree, nadie se lo cree ...